21.2.09

Coppélia, a menina dos olhos de esmalte

















Fiquei muito empolgado quando fui convidado para participar deste projeto da Salesiana que adapta famosos espetáculos de balé em contos literários. A história de Coppélia me fascinou desde o inicio, e lembro a surpresa que me causou quando foi revelado o principal mistério do livro. O Júlio Emílio Braz que escreveu esta adaptação conduziu muito bem o ritmo, criando uma narrativa muito boa para a história. Tentei passar para a ilustração esse ar meio misterioso, para que não fosse revelado logo de cara o mistério em volta de Coppélia, deixando ela sempre entre sombras, escondida atrás da cortina... Trabalhei como sempre faço com uma mistura de técnica convencional usando tinta acrilica, colagens e técnica digital também. Confesso que acabei virando fã foi da Swanilda. Pra mim ela é a grande heroina da história. Espero que gostem.






















A misteriosa Coppélia...
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Estudos iniciais dos personagens
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Os estudos para iniciar este projeto demandou um pouco mais de tempo para correr atrás de referências para compor as cenas, figurinos, objetos de cena e claro, personagens. Imaginei a Swanilda um personagem com força, personalidade, e acho que principalmente os olhos e nariz fornecem estes elementos à ela. Ficou com os traços marcantes mas nem por isso deixou de ser bela. Já a Coppélia tem a forma do rosto mais delicado, boquinha pequena, nariz arrebitado, cabelo longo e escovado... uma bonequinha mesmo. O Franz, pela caracteristica do personagem tem este ar meio perdido, de menino que não sabe direito o que quer, pra onde ir... já o Coppelius ficou com um aspecto meio bruxesco, meio rabugento.
Pesquisar imagens da época me ajudou bastante pra compor o figurino. Posso até ter dado uma escorregada aqui e ali, mas vale uma licença poética.