Coleção Para Aquecer o Coração

Estão todos convidados, principalmente quem estiver na região de Campinas, para o lançamento da coleção "Para Aquecer o Coração" escrito pela Telma Guimarães e que tive o prazer de ilustrar um dos livros. Por motivos pessoais não estarei presente, mas a Telma está lá na Saraiva Megastore autografando os livros.

Risada

Este é um detalhe de uma ilustra que fiz pra Revista Crescer. Escrevi um conto e ilustrei para a seção "Quintal" da revista. Deve sair em dezembro 2009 ou janeiro de 2010. Assim que for publicado, posto a ilustra inteira, dou mais detalhes e coloco o link pra vocês.

A menina e o vestido de sonhos

Chegou pra mim esta semana meu segundo livro como autor publicado pela Larousse: A menina e o vestido de sonhos.
É sempre legal ver um projeto que levou alguns meses pra ser escrito estar impresso, finalizado. É um longo caminho deste a criação do conceito até a concepção final do texto, passando pelos cortes, encontrar a melhor palavra pra dar uma certa "melodia" à história... A luta depois é encontrar uma editora que abrace o projeto, que veja no texto algo especial e que vá de encontro com suas necessidades de catálogo. Depois são as ilustras, que darão uma segunda leitura ao texto. O resultado final de algo que começou como uma ideia rascunhada num pedaço de papel é o livro impresso.
Sinceramente espero que minha história encante muitas crianças e que A menina e o vestido de sonhos tenha uma carreira de muito sucesso.
Logo, logo colocarei por aqui links de onde encontrar o livro com mais facilidade. Por enquanto, quem tiver curioso, pode ler logo abaixo as duas páginas iniciais do livro.

























PS: Fiz esta montagem de layout por aqui, direto nas artes digitalizadas.

De vários jeitos

Trabalho novo, editora nova também. De Vários Jeitos é meu trabalho de estreia na editora Callis e fiquei muito contente em ser chamado para fazê-lo. O história da Flávia Reis é umas das melhores que ilustrei nos últimos tempos. É super simples, mas graciosa e na medida certa, além desta história ser super original, fugindo das obviedades que tenho visto por aí em literatura infantil.
Quando puder, faço um post falando mais abertamente sobre este projeto. Por enquanto curtam uma das várias ilustras do livro.

A moça e o capa preta

Fiz uma sequência de ilustrações para o site do Itaú Cultural, num especial para o mês das crianças. O curioso é que nas ilustras estáticas são feitos super closes em detalhes de cenas fazendo a câmera passear pelo desenho dando a sensação de animação. O texto é todo narrado com pequenos efeitos dando assim uma leitura diferente das ilustrações. Ficou interessante.
A história é de Angela Lago.














A moça e o Capa Preta
texto: Angela Lago

Entre Bom Despacho e a cidade de Luzes tem um vilarejo. Uma rua só, com meia dúzia de casas, um bar que é também uma venda e, no momento em que começa esta história, uma igreja para São Antônio, no final da construção.

Só falta colocar os azulejos ao redor da porta de entrada. Mas as caixas de azulejo estão empilhadas no mesmo canto desde que chegaram. O moço encarregado de colocá-los no lugar é um preguiçoso de marca.

Uma moça do vilarejo está brava. Fez promessa para entrar de véu e grinalda, no dia do Santo, na Igreja pronta. Resolve conversar com o padre. Aquela demora era uma ofensa pessoal a ela, a Santo Antônio, a Deus!

E tanto fala que convence ao padre a dar um ultimato ao preguiçoso: ou a igreja fica pronta para o dia do Santo, domingo, ou multa em vez de pagamento. E mais: que tal a possibilidade de excomunhão? Ou seja, se ele não quiser pagar a multa, que tal deixá-lo para sempre fora da igreja e do céu?

Lá vai o padre tonto com a falação da moça, e repete direitinho o que ela mandou.

Agora é a vez de o preguiçoso ficar nervoso. Não ia conseguir colocar todos os azulejos no lugar em tão pouco tempo. E lá está ele gritando aos céus o-quê-que-faço, quando aparece a moça com a solução: pacto com o diabo.

Como assim? Assim, ela explica: ser excomungado ou entregar a alma para o diabo, dá no mesmo. As duas coisas simplesmente condenam o homem ao inferno. Agora, calma. Tranquilo.

Um pacto é igual a um contrato. Basta colocar uma condição: só vale se a igreja ficar inteiramente pronta, até a meia-noite de sexta-feira. E isso não ia acontecer. Palavra de devota de Santo Antônio.

Sexta-feira, quinze para meia-noite. O preguiçoso ainda hesita. Está apavorado. Afinal, chama o Capa Preta: Ô Satanás! E, tremendo, olhos fechados, as mãos tapando o rosto, propõe o contrato.

A resposta vem com uma ventania, um enorme redemoinho da terra vermelha da rua. E lá está ele, com a sua capa preta um pouco empoeirada e sua equipe de sujeitinhos miúdos e pelados, vermelhos feitos brasa, chifrudos e rabudos.

Os azulejos parecem voar, tão rápido vão para seus lugares. Mas de repente a equipe se dá conta de que faltam azulejos para um pedaço de fileira. Uai! Cadê os azulejos para completar aquela parte? Os diabinhos correm de cá para lá. Cadê? De lá para cá. Cadê? O diabão urra, esbraveja, grita, geme, chora. Mas ninguém encontra a última caixa. Capa Preta perde o contrato. Que alívio para o preguiçoso. Sua alma segue preguiçosamente dele.

Sábado bem cedo chega a moça com a caixa de azulejo que faltava. Tinha escondido em sua própria casa. O preguiçoso só precisa colocar o restinho da fileira no lugar. A moça senta em um degrau e espia. A igreja está linda. O dia está lindo. O preguiçoso também. Resolve ficar por ali. Se ele não colocar o resto dos azulejos, ela mesma o fará, decide. Não vai deixar o futuro noivo ser, quem sabe, excomungado.

O menino que morava no livro

Este é meu segundo projeto com a Panda Books neste ano.
Henrique Sitchin assina o texto, que conta a história de um menino que morava dentro do livro, sua rotina, alegrias e frustrações...
O tema do livro pedia uma interação maior entre texto e imagem, e além das ilustras assumi também o projeto gráfico do livro. Acredito que esteja nas livrarias entre o final deste ano e o começo de 2010.